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terça-feira, novembro 27, 2007

Outra B'dega!

Atã qué dezer ca Tita amandou-nos um bitáite pá gente fazer 5 frases surreais. Ou seja (e repare-se na dificuldade adjacente a isto), temos de escrever 5 baboseiras, mentiras, vá!

(Como se nós não fizéssemos outra coisa a não ser dizer e escrever baboseiras! Sendo assim, e uma vez que escrever baboseiras é já um hábito aqui neste espaço, vamos é escrever 5 frases que não sejam baboseiras, verdades, por assim dizer. E qual a razão? Não razão maior do que a nossa vontade! Se nos apetece, faça-se o que nos apetece, já que as coisas que não dependem da nossa vontade nunca correm como nós queremos: o Benfica nunca ganha sempre; o Petimenense há uma porção de jornadas que não ganha um jogo; as gajas boas que aparecem nos Morongues com Açúcre (mesmo não sabendo representar) nunca vieram ter connosco implorando-nos por sexo louco… nem sequer menos louco. Como tal, vá rôpa!:)

1- O carro do Presidente da Republica é um Mercedes todo jêtoso;

2- Os caracóis ficam mais gostosos com um raminhe de tomilho e outro de oréganos, em vez de apenas oréganos;

3- Homem qué home há-de morrer de câncare da prósca!;

4- As gajas vaiem sempre em pares à casa de banho e ninguém sabe qu’jête;

5- Esta frase é só pra encher chóriçe.


Agora, vamo-nos armar em importantes no mundo da blogosfera (se ainda não somos, já devíamos ser, caraças!) e não vamos passar esta bodega a ninguém!

domingo, novembro 18, 2007

Aventuras no Algarve-Chóping

Ontem, para espairecer, fomos (Arranhí Ascostasefiqueicomgarronasunhas e Arranhí Semquereracrostadamalçuadaferida) à Guia, ao Algarve-Chóping, que é, como quem diz, o maior chóping aí das redondezas: tem muitas lojas e muitas gajas boas prá gente ir vendo enquanto fingimos que estamos a ver as lojas, o que é sempre bom.
Entrámos no chóping e a primeira coisa que vimos foi uma gaja boa que olhou pra nós. Estava a chupar um chupa-chupa e a fazer gestos sexys com a boca, mas uma vez que só tínhamos 30€ para gastar, não fomos lá falar com ela. Em vez disso, fomos andar no maior carrocel do chóping, muito melhor que qualquer montanha russa ou advertimento da fêra: as escadas rolantes. Ao chegar lá em cima, e quase enjoados da viagem, fomos direitinhos à Fnac, uma vez que precisávamos de arranjar uns livros de tragédias gregas para a faculdade. Porém, na Fnac, antes de chegarmos à secção dos livros, temos de passar pela parte das TVs plasma, dos portáteis, dos jogos de computador e dos CDs. O que aconteceu é que quando chegámos à parte dos livros já tínhamos no cestinho de compras tudo o que era DVD, CD e jogo de Playstation. Mas uma vez que a nossa prioridade eram os livros, lá tivemos que ir pôr tudo aquilo nas prateleiras, e ainda bem, porque também não tínhamos dnhêre páquilo. Não havia o raio dos livros ca gente queria, por isso, lá tivemos de vir nós gastar 7,89€ num livro do Lucky Lucke.

Como já estávamos há mais de 15 minutos sem ver gajas boas, a paragem seguinte teria de ser as lojas de roupa. Zára, Púle end Bér e Springfilde. Confere, as raparigas que trabalham na Zára são muito gostosas e ficam lindamente bem com aquelas calças pretas justinhas e sim, também confere que os poucos gajos que lá trabalham são mariconços. Ou isso ou andam lá pra tentar papar as colegas de trabalho. Em relação à roupa, vai a gente querer uma camisolinha de lã ao xadrez e só encontramos é Ti-chértes fininhas com imagens da Rua Sésamo! Bem, lá saímos nós de lá com uma blusinha que nem protege os cabelos do pête com a imagem do Monstro das Bolachas! Belas compras de Inverno…

Depois da roupa, era a vez dos perfumes. É claro que isto é para aquelas pessoas que não têm dinheiro pra dar 10 contos por um perfume, como nós, e que, por isso, experimentámos na gente os cerca de 50 perfumes masculinos que havia na loja. Resultado: saímos de lá com 50 odores diferentes, cada um deles mais cheiroso que o outro, porém, acabámos por descobrir que misturá-los a todos não é das melhores ideias que se possam ter, já que, a partir daí, as gajas boas deixaram de nos falar (como tinha estado a acontecer o dia todo).

Finalmente chegara a hora do lanche. Fomos comprar um croissant de chocolate, que de resto, estava mais duro que uma viga de betão armado, e para empurrar um sumito qualquer. Após nos termos sentado na mesa, quem é que se vem sentar ao pé de nós, adivinhem? Os malçuades dos basofes com as suas quengas! Com tanta mesa vazia que havia naquele recinto, pois tinham logo de vir sentar-se ao pé da gente! Primeiro pensámos que nos iriam dar porrada, por causa dos squétes que fazemos, mas depois concluímos que estavam só ali para comer um rissol e um pacote de leite achocolatado. Era inevitável não ouvir a conversa deles, que soara mais ou menos como isto:

Basofe: Hé, dama, tenh d tár às 10 e mêa em casa pá!
Quenga do Basofe: Mor, não sei se vai dar. Ainda temos dir à Púle end Bér comprar aquelas blusas da Rua Sésame, com o Egas e o Becas…
Basofe: Tem de ser dama! Ai d ti queu na têja em casa às 10 e mêa! Levava logo co cinto dos Bombêros Voluntários co mé pai tem lá… Tens de mir levar pá…
Quenga do Basofe: Mas isto com a acelera sempre demora más um bcád a viagem…
Basofe: Vê lá se na qués levar com o carolo nas ventas!!? Vais me levar a casa e acabou-se, carálh*!!

Hilariante. Mas até deviam de ser boa gente… Não é todos os dias que vemos um casal de basofes em que o basofe anda na acelera à pendura com a namorada a conduzir.
Foi neste episódio que acabou este dia, demasiadamente engraçado para ficar de fora dos dias históricos Arranhí Pacanherra. Depois, foi só vir para casa e ver Portugal jogar (pouco) na TV.

Arranhí Ascostasefiqueicomgarronasunhas
Arranhí Semquereracrostadamalçuadaferida

quinta-feira, novembro 15, 2007

Para Onde Vai?

Voltarei a ver-te. Boa viagem, João.

sábado, novembro 10, 2007

Desafio da Página 161

A Aorta lá se alembrou da gente e amandou-nos um bitáite prá gente fazer um desafio (uuui, um desafio, que meeedo!!… Já repararam que estes desafios de desafiante não têm nada, mas enfim, nós fazemo-los a todos, ou quase) que se chama, O Desafio da Página 161. Isto é uma bedega, porque quase sempre se trata de um desafio com pouca graça (nós explicamos): consiste em agarrarmos no primeiro livro com mais de 161 páginas que tivermos à mão e passarmos para o blog a 5ª frase inteira que tiver nessa página. Ora, porque é ca gente diz que isto raramente tem graça: porque as pessoas não aldrabam, não lêem livros engraçados! Sim, também é certo que nem todos podem ter como livro de mesa-de-cabeceira o calhamaço do Mestre Cozinheiro (tal como eu). Sim, foi esse o livro escolhido, por isso, o risco das frases encontradas neste livro não terem qualquer piada é muito pouco. A frase encontrada é a seguinte:

“Unte-se abundantemente, com manteiga ou qualquer outra gordura, a peça destinada a assar, ou então envolva-se esta numa tira muito delgada de toucinho amarrada com várias voltas de cordel.”

E agora a parte chata: passar a 5 blogs, que, certamente não terão frases tão buéda fixes quanto esta. Estes são os coitados:

terça-feira, novembro 06, 2007

O íp-óp marafa-me!

O íp-óp marafa-me, marafa-me seriamente, tal como as pessoas que o ouvem!

Isto é tudo muito simples e claro, é tão simples e tão claro que me marafa ainda mais o facto de ninguém ver isso! Caraças, punhefra, cacete e muitas palavras começadas pum “fê” são vocábulos que me saem involuntariamente da boca quando ouço o íp-óp. Mas afinal comé que podem chamar música àquilo?! É c’aquilo na tem p’onde se lhe pegue!! A um intérprete que em vez de cantar, fala (muito mal, diga-se) rápido sob um ritmo quase sempre criado num programa de computador daqueles que saem nas revistas ou se sacam da net, eu cá costumo de chamar “incómodo ruído” (ou “cagaçal dum cabrão”, em algarvio!), e não música. Para tirar as teimas, fui ao dicionário moderno da língua portuguesa (aquela na qual dizem que são escritas as letras do “íp-óp tuga”) verificar o que era música, afinal (e passo a citar): “Arte e ciência de combinar os sons; produto dessa arte; som agradável; harmonia.” Agora pergunto: que arte tem fazer um “bit” num programa chunga de computador? Que ciência é aquela que diz que uma letra proferida rapidamente sobre esse “bit” se trata de música? (…) “Ah e tal, o Sãme da Quide é um ganda músico…” Ouvi eu dizer no outro dia. Fui mais uma vez ao dicionário constatar o que é um músico (volto a passar a citar): “Aquele que sabe de música; aquele que exerce a arte da música; membro de banda, orquestra, filarmónica; individuo com muita lábia.” Tirando nesta última, não vejo onde possa o Sãme da Quide encaixar-se. O que ele faz (suponho eu) é criar textos cujos finais rimam com palavras como “fonéticas”, “constéticas”, “poéticas”, “esqueléticas”, “diabéticas”, “cinéticas” e, claro, “patéticas”.

O íp-óp nunca pode ser considerado música, porque a música é uma arte, a arte não pode nunca ser banal (por isso é que é arte, porque não é qualquer um que consegue fazê-la e um músico tem de ser tão ou mais artista que um pintor ou um escultor) e o íp-óp é banal! É banal porque é fácil de fazer, qualquer um pode fazer um íp-óp, até os Arranhí Pacanherra (no mítico baita-bit, escrito e feito em menos de dez minutos com um pugrama todo basofe)! E se até nós fazemos música, qualquer palhaço faz, e isso não pode ser, para bem da própria música!

Por fim, outra coisa que me marafa, esta não tem a ver directamente com as pessoas que ouvem o íp-óp (porque há pessoas que o ouvem para si mesmas acolhidas nos seus recantos sem chatear ninguém, e contra essas não tenho nada contra), mas sim com aquelas que o ouvem em altes berres no telemóvel, a passar nas ruas, no metro, nos corredores das escolas, no tócarro, em todo o lado! Punhefra! Isso irrita! Isso marafa uma pessoa! Ponhem o diébe dos fónes nos ôvides e ensurdecem-se tôdes, mas não obriguem a ouvir, nem a mim nem às coitadas das pessoas que por esses passam. É certo que a maior parte dessa escumalh… gente é malta chunga e pouco letrada (leia-se, basófes), os quais demoro algum tempo a perceber porque é que eles têm um telemóvel melhor co meu, que nem dá para tirar fotografias.

Marafa-me isto tudo! Desculpem lá se vos marafei com esta conversa, mas tinha de mandar pra fora esta gosma que me táva encalhada na garganta. Para a próxima falar-vos-ei do estilo dos rappers e da sua abordagem à sociedade, isto é, se não morrer esfaqueado num beco entretanto.

Termino com uma questão para todos vós: qual a diferença real entre o íp-óp e o rép?

Arranhí Ascostasefiqueicomgarronasunhas

sábado, novembro 03, 2007

Alarve, o desconhecido deus grego do Algarve

Entrei este ano para a faculdade. Uma das cadeiras que me fascinou desde o início foi a de Matrizes Culturais e Europeias. Nessa disciplina, a professora ensina-nos coisas, coisas que são a razão para as coisas que fazemos ou dizemos hoje. Ao estudarmos toda a mitologia grega (as tais histórias do Zeus e dos seus amigos), pus-me a investigar mais a fundo sobre todos os deuses que por cá “andaram”. Qual não foi o meu espanto (espanto esse que partilhei logo com os meus companheiros de Arranhanço Pacanhérrico) quando descobri que também existiu um deus responsável pelo Algarve. Sabe-se que havia deuses para todo o tipo de coisas: Posídon era o deus dos mares, Eros era o deus do amor, por aí fora, até chegar ao Alarve que era deus do Algarve (agora sim, fica explicada a proveniência da palavra Algarve).
Alarve não era bem um deus, era um semi-deus – tal como Hércules, que é filho de um deus (Zeus) com uma humana (Alcmena). Alarve era apenas primo de uma enteada de um deus. Dos mitos que se contam sobre Alarve, o mais conhecido é este: Alarve era bastante guloso e garganêro (que quer dizer precisamente Alarve em algarvio) e, uma vez, subiu ao Olimpo (monte onde estavam os principais deuses) para provar do divino banquete que era servido todos os dias à uma da tarde. Sem ninguém por perto, Alarve estica a sua mão direita para apanhar uma suculenta coxa de peru. Zeus, que chegara da pesca do polvo nas rochas da praia dos Caneiros, lançou-lhe um eterno feitiço e o seu braço direito transformou-se num tentáculo de polvo. A indumentária deste deus ainda hoje influencia as gentes do Algarve. Os próprios ingleses, quando vêm de férias para este local, têm sempre o cuidado de calçar meias brancas dentro de chinelos. Ao contrário de todos os outros deuses, este aparece em todas as gravuras e referências (tal como neste quadro pintado por Leonardo da Vinci a tinta da china azul clara) vestido com uns calções e uma T-shirt do Portimonense. Os calções, segundo o mito, são porque Alarvo, sempre que via uma mortal fêmea das zonas da Europa do Norte, ficava com seu pénis desmesuradamente erecto. A T-shirt, diz-se, era porque Alarve seria um fanático torcedor deste clube, o clube que ganhava sempre porque era o único clube de futebol que existia no século V a.C. Ao que consta, Alarve não gostava muito de assistir às Olimpíadas gregas devido à falta de emoção e contacto físico. Tal como Posídon possui um tridente, Alarve possui um abanico, instrumento por ele inventado para atear melhor os sagrados fogos que assavam as sagradas sardinhas através do sagrado ventinho. Devido ao mito de Alarve, ainda hoje é tradição, em todos os jogos que o Portimonense joga em casa, comer-se pernas de polvo assadas antes de se entrar para o estádio, diz-se que traz sorte.
Assim, Alarve, um deus até à data incompreensivelmente desconhecido, apresenta-se como o deus do Algarve (devido a habitar desde sempre neste local), deus das sardinhas assadas e em geral do peixe assado, deus dos fogareiros, deus do Portimonense e do futebol regional, deus dos engatatões azeitolas como o Zézé Camarinha, deus das acendalhas e deus do cheiro a pexum.

Arranhí Ascostasefiqueicomgarronasunhas