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quarta-feira, julho 30, 2008

Há coisas que só me fazem espéce

Há coisas que uma pessoa quando vive alegremente, sem pensar nas consequências ou seus acontecimentos prematuros, apenas faz é bestêras (disparates)! Ora, na semana passada fui convidado para ir a um jantar de anos num restaurante africano. Uma pessoa sentia-se mesmo como em África, era a decoração, a comida, o dono do restaurante, que mais parecia um tocador de djambés da zona equatorial de Moçambique, embora com nome francês: René. Até a música ao vivo, por estranho que parecesse era africana, muito embora as músicas fossem de canções brasileiros como a Mila, mas mal desse aquele toque de Kizomba, já parecia mais familiar. A banda era constituída por uma africana no órgão e um esquelético idoso africano na guitarra que mais parecia o Bonga com os seus 90 anos. Fora isto até se comeu bem, onde apreciei os gostosos quiabos do Zimbabué ou a batata doce de Cabo Verde ou gambas de S. Tomé ou a famosa moamba de Moçambique ou ainda um muqueque de Angola. Agora o que me fez espéce (relativo a confusão) foi a água. Tão não é que me foram dar uma garrafa de água do Luso! Onde andam os belos garrafões de água da ilha de Madagáscar ou das ilhas Mauricias, que aquilo é só águas transparentes e límpidas? Hen? Agora comer quiabos e muqueques com águas portuguesas ao som de musica brasileiro-africana é que não! Onde é que anda a água engarrafada da Zambia, da Nigéria, da Costa do Marfim, do Malawi?! Agora virem-me com água da Serra do Buçaco, lá no norte de Portugal, onde sei lá eu de onde poderá vir aquilo... sei lá eu se a água não veio daqueles riachos cheios de cabra-cegas (bichinhos tipo aranhas que andam em cima da água nas ribeiras), ou girinos ou ovos de peixe dos rios e dos sapos, tudo cagado! ... Dizem eles um restaurante africano. Africano Africano é ter bidões de água engarrafada do Burkina Faso (África Ocidental) ! Ou do Burundi! (África Oriental) Isso sim é restaurante africano!
Arranhí Sem quereracrostadamalçuadaferida

quarta-feira, julho 23, 2008

Não vale a pena votar na gente!

Vimos por este meio anunciar que não vale a pena, estimados (três) leitores, votarem em nós para o concurso Super Blog Awards, organizado pela marca de bejecas, jolas, fresquinhas, mines e impriais Super Bock.




  • Não vale a pena votarem em nós porque nenhum de nós os 4 é familiar de um director (ou qualquer outro cargo importante) da empresa ou dos gestores do site que, com certeza, manipularão os votos;
  • Não vale a pena votarem em nós porque não é 3000€ em notinhas das que fazem falta, mas sim o mesmo valor (ou muuuuuuito menos) em material de merchandising da marca, e nós não precisamos disso.
  • Não vale a pena votar em nós porque mesmo que você vote nós não iremos ganhar, mesmo que, em termos qualitativos, o mereçamos;
  • Não vale a pena votar em nós porque nós somos do Algarve. Tendo em conta que o resto do país não é nem pertence ao Algarve e que o resto do país morre de inveja por isso mesmo (incluindo os donos da Super Bock que, sempre que podem e até mesmo quando não podem vêm cá dar um mergulhinho nas nossas quentes águas) e seria de mau tom os restantes bloggers do resto do país se referirem aos vencedores (nós) como: “Os cabrões dos algarvios ganharam aquela merda!! Ainda gostava de saber o que é que o blog deles tem a mais que o meu…”
  • Não vale a pena votar em nós porque preferimos que passe o seu tempo a ler os nossos posts e a ver os nossos squétes ao invés de se estar a chatear com a porcaria do site da Super Bock que obriga toda a gente a se registar primeiro antes de poder votar, o que é uma chatice do caraças. Não perca tempo com isso.

Caro leitor, se quiser mostrar o seu apreço por este blog deixe um comentário, diga que a gente o fez rir e que continuará a cá vir visitar-nos. É o melhor prémio que podemos ganhar. Não vale a pena votar em nós. O blog que ganhar certamente não será, nem de perto nem de longe, o melhor que estava a concurso: veja o que aconteceu com o Sócras… e votaram nele, não foi?

Pronto, ok, se ainda assim quiser votar, vá lá. Basta carregar aqui, resgistar-se e buscar pelo nome Arranhí Pacanherra na categoria de humor.

quinta-feira, julho 17, 2008

Estudo Científico

Antes de mais palavras, pedimos desculpa aos 4 leitores deste espaço por tão desleixada actualização do material escrito. Desta vez arranjámos uma desculpa que, esperamos, vai com certeza justificar tamanho atraso na vinda deste post.
Passa-se que nós temos andado por aí a realizar um estudo de cariz científico que vem revelar com exacto pormenor todos os diferentes espécimes da raça Homo sapiens que, nesta altura do ano, vagueiam pelos benditos terrenos do Algarve, esse paraíso na terra. É natural que faltem alguns espécimes neste estudo, mas aqui ficam presentes os mais frequentes e abundantes:

Franciú de Alcochete – com o latim Emigrantus Manientus, este espécime não é necessariamente da terra de Alcochete. A utilização deste local na sua denominação deve-se ao facto de em Alcochete estar instalada uma academia de futebol pertencente a um clube cujos seus adeptos são, geralmente, forretas, mesquinhos e convencidos. O Franciú de Alcochete é um espécime que todos os verões regressa de França, Suíça, Luxemburgo, Bélgica, entre outros, para mostrar aos que ficaram por cá aquilo que conseguiram lá fora, nomeadamente a aprendizagem da lígua francesa – que, de resto, falam sempre que estão perante um português nativo, para que este note a espectacularidade que é falar uma língua mariqunhas –, a Renault Senic com matrícula amarela pertencente ao país acolhedor e as suas crias, raramente possuidoras de nomes de gente como João Pedro ou Miguél António, mas sim Jean Pierre e Michel Antoine.

Alfacinha – com o latim Alfacis Olisiponensis Empinadus, este animal é, própria e cientificamente, uma sub-espécie do Alfacis Olisiponensis. Apresenta algumas características distintas do seu parente próximo, este bem mais sensato e inteligente. Uma das suas mais peculiares características, é o facto de que apesar de muitas vezes se encontrar completamente depenado, tem o hábito de se pavonear, como se fosse melhor ou mais bonito que os outros. Esta característica tem incidência tanto nos espécimes masculinos como femininos. Outra tendência deste animal é a de agir como se o sítio onde estivesse fosse dele, e tratar os animais nativos como se fossem seus criados.
Decorrentes destes hábitos, a genética encarregou-se de lhe empinar o nariz quase até à testa, e daí deriva o nome com que foi classificado no séc. XIX pelo Dr. Landão Cola-Selos.

Bimbo – com o latim Nortenhus Peixeirus, este espécime, proveniente do norte do país, vem geralmente passar apenas uma semana ao Algarve: o nível econímico algarvio não permite luxos mais longos. Traz consigo um grunhido irritante – devido à ausência de Vs – e raramente frequenta restaurantes: adquirir a comida no supermercado ou frequentar estabelecimentos de fast food sai sempre mais em conta. Geralmente comporta-se da mesma que o Alfacinha, na medida em que, por uma semana, pode não ser o banal servo que é durante o resto do ano, tratando também os seres naturais como seus subditos. Em qualquer loja, por qualquer bem que adquire, procura sempre um desconto, por mais pequeno que ele seja: desconto aqui, desconto ali, vai tentando permanecer por mais um dia no ninho de 3 estrelas o qual faz completamente seu só por o pagar. É aficionado do FC Porto e quando a conversa sobre futebol começa a evidênciar as causas obscuras das vitórias desse clube, tenta, a todo o custo, mudar de conversa ou alegar que os demais clubes fazem o mesmo.

Espanhol – com o latim Iberucus Armadus em Grandis, este é o espécime que tem vindo a permanecer mais recentemente nestas terras. Apresentam-se normalmente aos domingos em manada: grupos de aproximadamente 50 animais, de idade avançada, que vêm sentir os ventos por cá. Quando apresentados em família, têm o costume de emitir um latido quase impossível de suportar devido ao elevado grau de decibéis no ar. Não conseguem comunicar entre si num baixo volume; não conseguem comunicar com os nativos num baixo volume; não conseguem ou não querem entender os nativos, bem qualquer espécime que não guinche ou que comunique numa guinchadeira semelhante à sua. Acham que o seu ninho é o mais importante de toda a floresta e como tal acham que em toda a floresta deve imperar as regras do seu ninho, onde estão claramente adjacentes as guinchadeiras e peixeiradas, bem como a esperteza de não se querer comunicar noutra guinchadeira.

Bife – com o latim Bifus Nordicus Rubrus, este espécime, natural do Norte e Nordeste da Europa, é um habitual participante no ecossistema algarvio da estação estival, e desde há décadas que migra para o sul de Portugal nos meses de Verão. As suas principais actividades migratórias são ficar belfo com a paisagem, fazer nudismo na Praia dos Caneiros, beber canecas de cerveja nos tascos estrangeiros do Algarve, na dizer nada de jeito e esturricar a sua pele alva com o sol tórrido do Algarve, de forma a perder a sua tez branca e adquirir um tom de pele vermelho que nem um pimento.
Entre os espécimes juvenis do sexo feminino, nota-se uma certa tendência para adquirir hábitos de vida nocturna e para entrar no cio assim que pousa o pé em território algarvio, não olhando quer à qualidade quer à quantidade dos parceiros. Já os pequenos espécimes do sexo masculino envergam, em qualquer circunstância, uma camisola onde conste o nome, o número ou a fotografia de Cristiano Ronaldo.
Entre os adultos, nota-se uma tendência cada vez maior para permanecer na região definitivamente, devido ao bom clima que esta possui, e também à sua maior posse de um material comum na sua terra e raro no Algarve, material esse de importância capital na construção dos ninhos: O dinheiro.

Algarvio – com o latim Al-Gharbius Nativus Quejeitus, este é, por excelência, o típico e natural animal desta zona territorial que dá pelo nome de Algarve. Revela traços fisionómicos semelhantes a alguns animais naturais do Norte de África, e aceita-se cada vez mais no meio académico que existe uma forte ligação genética entre estas duas espécies.
Apesar de extremamente capaz a nível físico e intelectual, este animal é caracterizado pela sua enorme preguiça. Só caça e recolhe alimento durante os três meses do verão, e sustenta-se durante o ano com o que recolhe no período estival. Fá-lo muito através de negócios com os outros espécimes, em que os aldraba bastante. Apesar de lucrativo, este meio de subsistência é também bastante chato, pois obriga-o a aturar e receber todos os outros animais.
A sua alimentação baseia-se em sardinhas assadas, carapaus alimados, figos e amêndoas.
Antes próspero e espalhado por várias partes do globo, este animal enfrenta perigosos riscos de extinção. Já não se fazem algarvios como antigamente.

Arranhí Ascostasefiqueicomgarronasunhas
Arranhí Océrebroquandoestavaatirarummacaco