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sexta-feira, julho 31, 2009

3 anos de pacarrenhice

280 posts, 97 vídeos e três anos depois, cá estamos nós, a registar o acontecimento da forma mais solene de todas. Em três anos de existência muita coisa aconteceu, muitos projectos foram levados avante. Ganhámos admiradores e malta que não nos pode ver à frente.

No dia 16 de Julho, salvo erro - é que já lá vão uns meses... - numa esplanada ali da zona da Casa Inglesa, na baixa ribeirinha de Portimão, enquanto morfávamos um gelado do Pálaicecrime, debatiamo-nos sobre a criação de um grupo coeso cujo objectivo seria a auto-diversão. Ao escolher o nome desse grupo, e sob as propostas manhosas que estavam em cima da mesa juntamente com os guardanapos com ranho, baba e réstias de gelado mal comido, bem como migalhas do cone de um érivinte, aparece diante dos olhos de quatro jovens, pouco passava da meia noite, um episódio que iria ficar para a história, sabe-se lá de quê.

Não interessa o que vimos, interessa mais o que ouvimos e isso ainda hoje não temos a certeza do que foi. No papel apontámos Arranhí Pacanherra. Ouvimos certamente todas estas sílabas, quiçá numa outra ordem, pois já perguntamos a todos os africanos que vendem estatuetas na baixa ribeirinha, e panos e cintos na praia da Rocha até ao Vau passando pelo Buraco d'avó, e nenhum deles nos soube traduzir a expressão, ainda nos tendo obrigado a adquirir um dos seus produtos: um rádio a pilhas que já só apanha a Rádio Fóia.

No dia 31 de Julho criámos o blog, com o mesmo nome que havia sido apontado num guardanapo ou nos lembretes dum telemóvel. A partir daí foi o que foi: materializamos (salvo seja, porque isto da internet é tudo de plástico ou fibra ou transparente) a forma de dar a conhecer ao mundo a nossa filoeugénia (e porqué que há-de ser sempre a Sofia?). Pouco a pouco, muito devagarinho, a malta começou a ler as ditas palhaçadas.

Fizemos squétes. Ainda hoje os fazemos, ao contrário das actualizações frequêntes do blog (isto saiu de moda e perdeu a clientela), pois o youtube revelou ser um belo modo de podermos observar aquilo que fazemos quando estamos sob influência de substâncias psicoferragudenses, tipo as alcagoitas, os serengonhos, os malacuecos ou as bajas. Por mais divertido que seja ver os squétes, a verdadeira diversão está em fazê-los, motivo pela qual continuamos nesta onda sem perder durante muito tempo a tesão do mijo.

Sim, criámos este blog há três anos. Muita gente ainda crê que somos uns basofes quaisquer, ou que apenas sabemos ser isso. Cagando e andando (mas sempre limpando), como diz o outro. O que importa é a fidelidade àquilo que têm de ser os Arranhí Pacanherra, que são o que são e mais nada! Hoje seria dia de cantar os parabéns e soprar as velas. Mas toda a gente em todo o mundo faz isso quando festeja um aniversário. Já sabemos pela certa que os Arranhí Pacanherra são diferentes, por isso, neste tão especial dia, cantamos o papagaio loiro de bico doirado e sopramos os gelados.

Um grande papagaio loiro prós Arranhí Pacanherra, e que daqui a 3 anos estejamos de novo lá na baixa a soprar os gelados.



sábado, julho 18, 2009

A Traição do Esfíncter

Aconteceu e acontece quase todos os dias. É frequente a nossa vontade, e o nosso esfíncter, mais precisamente, não ser adequada ao contexto em que estamos. Uma caganeira das valentes parece só aparecer quando estamos mais enrascados em locais públicos onde quase sempre as casas de banho asseadas escasseiam.
É com base nessa problemática contemporânea que se fez A Traição do Esfíncter, uma música cuja letra não é muito perfumada, mas absolutamente verdadeira.

Juntamente com a banda de ocasião Seringonhos na Plengana, esta música conta com uma qualidade músical única, quer ao nível do piano, quer ao nível do coro. Simplesmente sublime. Ora vejam, e tenham a oportunidade de acompanhar a letra aqui mesmo:

Naquele dia em que o esfíncter
Não segurava o cocó
Fui-me pôr atrás da moita
E aí fiz o cocó.

Pensava que era soltura,
Ao invés de diarreia,
Pois tinha a barriga dura,
Afinal foi diarreia.

Após o ralo sair,
Começou a sair grosso.
Encontrei caroços de uva
E até cascas de tremoço.

Chegaram as varejeiras
Com fome de cagalhão:
Só comem merdas e bosta
E caca e cagalhão

Porquê, cocó?
Inesperado barrote queimado
Porquê, cocó?
Quando apareces fico todo assado.
Porquê cocó?
Deixas-me à rasca por um momento breve
Porquê cocó?
Alívio forte; meio quilo mais leve.

Houve um dia em que ficaste
E eu fui comprar um clister
Disse ao homem do chinês:
«Xing Xong Xung, põe-me o clister!»

O clister não tirou tudo
Fui buscar uma tenaz
Comecei a esgravatar
Ficou cocó e tenaz

Tive de ir pró hospital
Pra me ver livre da carga
Pomadas e afastador
Fiquei com a peida larga

Peidos eu já não sei dar
Só consigo largar bufas
Como o esfíncter me traiu
Saem com molho essas bufas

Porquê, cocó?
Forte pretexto para a literatura
Porquê, cocó?
Água castanha ou plasticina dura
Porquê, cocó?
Dor de barriga que até mete dó
Porquê, cocó?
Por falar nisso vou fazer um cocó.

quarta-feira, julho 15, 2009

PROTESTO

Por cada minuto que passa, centenas de pessoas, habitantes das freguesias de Parchal, Ferragudo e Estômbar, sobretudo, que se deslocam de ou para os seus postos de trabalho, vêem-se forçadas a alterar os seus intinerários numa rota que vai para além dos 9 quilómetros a mais do que se efectuaria caso a ponte metálica sobre o rio Arade estivesse aberta ao trânsito. Isso não se verifica desde Agosto do ano passado (ocasião em que a dita ponte abriu durante aproximadamente um mês para excoar o trânsito fruto do fluxo de turistas nesta região). Antes e depois desse feito, como já foi dito, milhares de pessoas têm vindo a gastar (muito!) mais dinheiro em combustível do que aquele que, em muitos casos, podem.
Posto isto, e com o troço rodoviário acabado há mais de uma semana (desde então, as obras da ponte têm-se baseado em pormenores de acabamento), POR QUE RAZÃO UMA MEGA-FEIJOADA, QUE PODE SER FACILMENTE REALIZADA NOUTRO LOCAL, HÁ-DE ADIAR EM UM DIA A ABERTURA DE UMA OBRA PÚBLICA TÃO ÚTIL?
A questão é simples: o evento é patrocinado pelas autarquias de Portimão e Lagoa, mas isso não implica que a dita jantarada (que, se a uns enche a barriga, a outros vaza o bolso) não possa ser feita num terreno que não seja "neutro", como é a ponte. Ora, havendo tanto espaço (e bem mais próprio para o efeito) na baixa ribeirinha de Portimão, por exemplo, qual a necessidade de se obstruir a ponte? Se os senhores autarcas querem pagar uma feijoada ao pessoal, por que não o fazem num restaurante de grandes dimensões, ou num espaço previsto para a circulação de piões, que não obrigue os cidadãos a condicionarem, ainda que seja por mais 24 horas, as suas vidas? O festejo da abertuda da ponte não seria mais lógico e digno com a ponte a servir para aquilo a que foi construída? Que melhor inauguração pode ter uma ponte do que a circulação sobre mesma?
Para além disso, durante o tempo em que esteve fechada ao trânsito (e aberta aos peões), esteve proibida a circulação de veículos de duas rodas, a menos que fossem transportados à mão. Só hoje, no dia da inauguração, com a ponte cheia de gente, apareceram as autoridades competentes (GNR) com o fim de fiscalizar o cumprimento dessa proibição (desde então violada centenas de vezes por dia, com sentido de impunidade).
O que é que se passa com esta gente?!

Arranhí Ascostasefiqueicomgarronasunhas

sábado, julho 11, 2009

Omelete de Chocolate

Sim, a gente sabe que isto aqui anda mal parado. A verdade é que, além da falta de tempo, temos andado a tentar enxotar os alfacinhas e os bimbos e os bifes que vêm pás nossas praias e nem espaço pra estendermos uma toalha nos deixam, os cabrões... Enfim, à parte disso, este ano é ano de festivais de verão, mas não só!
Hoje trazemo-vos os dotes do exímio cozineiro espanhol Victor Perez, na rubrica semanal do programa Bom Dia Manhã, apresentado por Hortêncio Malaquias. Vejam este espectácle, senhoras aí de casa, e aprendam como se faz uma omelete de chocolate.