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quarta-feira, dezembro 23, 2009

Vai-te embora daqui que isto tá tudo marado...!

Chega assim ao fim a saga do blog Arranhí Pacanherra.


Mas não pensem que nos vamos embora, feitos maricas, só porque aborrece. Nããã... O histórico deste blog tem muito que se lhe conte, muita gargalhada provocou e ainda pode provocar, pois ficará para sempre aqui, para quem não tiver mais nada que fazer. É um daqueles históricos que depois de ter tido um orgasmo provocado numa madrugada solitária, sabe mesmo bem consultar, depois de beber o leitinho e antes de ir para a caminha.

Os colaboradores deste blog despedem-se com mais surpresas agradáveis. Os squétes não acabaram. Apesar de já não os postarmos aqui, eles continuarão a surgir, a mais forte ou fraco ritmo, na nossa página no Youtube (essa que todos conhecem, ao contrário deste blog). Outra das surpresas é o nascimento do blog também pacanherro: As Novas Pacarrenhices, com um conceito um pouco diferente, mas com um conceto semelhante. Não, não me enganei, simplesmente não encontrei um sinónimo de conceito. Vocês perceberão logo de que tipo de conceito vos falo assim que lá forem espreitar.

A verdade, rapazeada, é que cremos que fomos descobertos por chineses que adoram o nosso trabalho, os nossos posts, squétes, tudo! Não compreendemos os comentários que eles nos fazem no blog, mas acreditamos que sejam muito lisongeiros, pois bem o merecemos, após tanta exportação para a China, esse país nosso irmão que tanto nos tem desenrascado nas horas mais difíceis com um ou outro artigo das suas lojas. Chineses, vocês estão aqui (estou a apontar para o meu coração)!!

Leitores, não se marimbem nos Arranhí Pacanherra. Uma nova era de palhaçada e estupidez serrenha e algarvia virá, lá para finais de 2012, quando as profecias do filme se cumprirem. Até lá, vejam o que andamos por aí a tramar, aqui e ali, se vos apetecer gastar um pouco de tempo com coisas inúteis e já estiverem fartos de jogar Farmville.

sexta-feira, dezembro 11, 2009

Qu'jête um hiato! Um yacht!

Bom, todas essas maltas que andam aí nos computadores à procura de coisas para se rirem com a boca escancarada, têm encontrado coisas dessas a sério; que a gente não mete aqui bodegas há uma carrada de tempo.

Mas ainda assim, com a ternura típica de uma mulher que vê um cão d' Obama (antigamente classificado nas tabelas cinológicas de pedigree como Cão d'água Português, e que originalmente, era um rafeiro algraví) (com o cu rapado e a gadelha a cair por cima dos olhos) bébé, perguntam-se sempre, ah, que será fêt daqueles 4 gazeades?

Pois, aparente e tecnicamente, esta ausência e este silêncio (cheios de palavras, como os livros do Lobo Antunes, mas com palavras muito mais engraçadas, como griséu, figo, algibeira, ou até alcagoita) é um hiato.

Por isso passado este tempo todo, vimos avisar: Qu'jête um hiato!

A gente está mas é num yacht, e num granda yacht. Tamos fazendo pesquisa de campo para as várias monografias que vamos publicar em formato video lá para o meio do ano ou para quando nos apetecer voltar de férias. Vejam lá aí as nossas estagiárias, que estão a estudar biologia marinha e psicologia zoológica.


Nesta fotografia não aparecemos porque estávamos no computador a jogar minesweeper e a ver como se fazem tabelas de estatística no excel.

Vão esperando pelos resultados da nossa investigação, que até agora, se tem debruçado sobre estes casos clínicos:

O primeiro caso, já publicado, da série de ensaios Fauna marítima algarvia com patologias do foro psiquiátrico:

Jaquim, o carapau deprimido;

E os a publicar, agora no processo de redacção e publicação:

Sara, a Sardinha bulímica;

Marinho, o camarão obsessivo-compulsivo;

Aquiles, o bacalhau seco paranóico;

Basílio, o búzio com transtorno bipolar;


Os AP tão aí a voltar, e vai ser numa altura que ninguém vai tar à espera; ponham-se mas é a escutar atrás das portas, que depois aquilo é tudo assim muito de repente, e apanham um cagaiço descraçado.


sábado, setembro 05, 2009

The Drogádes of Portihand - Quero-me ir-me embora

Dois drogados tocam música nas ruas de portimão a fim de angariar dinheiro para "a causa". Porém, isto a vida 'tá má para todos... Esta é uma canção triste, de tristeza, que fala das tristes vidas destes dois tristes...



Eis a letra:

Eu saio à rua todo marado da tola
Só com o money que gamei da minha cota
Dá para comer, mas não me chega para a dose
Um dia vou ver como é panhar uma verdose

Vou no vai e vem e as velhas olham-me de lado
Acham que eu sou feio ou então que sou drogado
Tás olhar pra quem? Levas ma facada aqui já
Velha dum cabrão, tu tas aqui tas a levar!

Eu só me quero mir embora
E dar o bazo desta terra
Jogar esta camisa fora
Tá toda cagada de terra
E ir pá Rocha até morrer
E umas gajas engatar
E depois deu as comer
Vou vomitar e vou bazar

Dizem que eu sou freak (quem?) toda a gente do liceu
Têm todos ciúmes de não serem como eu
Deixem-me da mão porque tá tudo contra mim
Eu na sei quejeito a minha vida não ter fim

Psst, oh tu aí, queres que eu te arranje-te o computador?
Preciso de guita pra pagar ao vendedor
Dá-me aí um éró que eu preciso de caroce
Acho que me vou-me inscrever-me pra trabalhar-me no Pingo Doce

Tenho uma comichão no braço
É dos mosquitos, quero bagaço
E às vezes tenho um bcado de frio
Quando tou nu no meio do rio
Quem é que tem aí mortalhas
Ou baaahzaaahnhénhenhem das tralhas
Dá-me um papel e um arroz
Felazferagra feira no Algoz

Já destacionê todas as marcas
E becicletes aí da rua
E uma vez lá no palácio
Vi uma gaja quase nua
Cerelaccolher de sopa
Alcatrão rima com feijão
Eu já não sei do Barnabé
É um limão aqui no pé

sexta-feira, julho 31, 2009

3 anos de pacarrenhice

280 posts, 97 vídeos e três anos depois, cá estamos nós, a registar o acontecimento da forma mais solene de todas. Em três anos de existência muita coisa aconteceu, muitos projectos foram levados avante. Ganhámos admiradores e malta que não nos pode ver à frente.

No dia 16 de Julho, salvo erro - é que já lá vão uns meses... - numa esplanada ali da zona da Casa Inglesa, na baixa ribeirinha de Portimão, enquanto morfávamos um gelado do Pálaicecrime, debatiamo-nos sobre a criação de um grupo coeso cujo objectivo seria a auto-diversão. Ao escolher o nome desse grupo, e sob as propostas manhosas que estavam em cima da mesa juntamente com os guardanapos com ranho, baba e réstias de gelado mal comido, bem como migalhas do cone de um érivinte, aparece diante dos olhos de quatro jovens, pouco passava da meia noite, um episódio que iria ficar para a história, sabe-se lá de quê.

Não interessa o que vimos, interessa mais o que ouvimos e isso ainda hoje não temos a certeza do que foi. No papel apontámos Arranhí Pacanherra. Ouvimos certamente todas estas sílabas, quiçá numa outra ordem, pois já perguntamos a todos os africanos que vendem estatuetas na baixa ribeirinha, e panos e cintos na praia da Rocha até ao Vau passando pelo Buraco d'avó, e nenhum deles nos soube traduzir a expressão, ainda nos tendo obrigado a adquirir um dos seus produtos: um rádio a pilhas que já só apanha a Rádio Fóia.

No dia 31 de Julho criámos o blog, com o mesmo nome que havia sido apontado num guardanapo ou nos lembretes dum telemóvel. A partir daí foi o que foi: materializamos (salvo seja, porque isto da internet é tudo de plástico ou fibra ou transparente) a forma de dar a conhecer ao mundo a nossa filoeugénia (e porqué que há-de ser sempre a Sofia?). Pouco a pouco, muito devagarinho, a malta começou a ler as ditas palhaçadas.

Fizemos squétes. Ainda hoje os fazemos, ao contrário das actualizações frequêntes do blog (isto saiu de moda e perdeu a clientela), pois o youtube revelou ser um belo modo de podermos observar aquilo que fazemos quando estamos sob influência de substâncias psicoferragudenses, tipo as alcagoitas, os serengonhos, os malacuecos ou as bajas. Por mais divertido que seja ver os squétes, a verdadeira diversão está em fazê-los, motivo pela qual continuamos nesta onda sem perder durante muito tempo a tesão do mijo.

Sim, criámos este blog há três anos. Muita gente ainda crê que somos uns basofes quaisquer, ou que apenas sabemos ser isso. Cagando e andando (mas sempre limpando), como diz o outro. O que importa é a fidelidade àquilo que têm de ser os Arranhí Pacanherra, que são o que são e mais nada! Hoje seria dia de cantar os parabéns e soprar as velas. Mas toda a gente em todo o mundo faz isso quando festeja um aniversário. Já sabemos pela certa que os Arranhí Pacanherra são diferentes, por isso, neste tão especial dia, cantamos o papagaio loiro de bico doirado e sopramos os gelados.

Um grande papagaio loiro prós Arranhí Pacanherra, e que daqui a 3 anos estejamos de novo lá na baixa a soprar os gelados.



sábado, julho 18, 2009

A Traição do Esfíncter

Aconteceu e acontece quase todos os dias. É frequente a nossa vontade, e o nosso esfíncter, mais precisamente, não ser adequada ao contexto em que estamos. Uma caganeira das valentes parece só aparecer quando estamos mais enrascados em locais públicos onde quase sempre as casas de banho asseadas escasseiam.
É com base nessa problemática contemporânea que se fez A Traição do Esfíncter, uma música cuja letra não é muito perfumada, mas absolutamente verdadeira.

Juntamente com a banda de ocasião Seringonhos na Plengana, esta música conta com uma qualidade músical única, quer ao nível do piano, quer ao nível do coro. Simplesmente sublime. Ora vejam, e tenham a oportunidade de acompanhar a letra aqui mesmo:

Naquele dia em que o esfíncter
Não segurava o cocó
Fui-me pôr atrás da moita
E aí fiz o cocó.

Pensava que era soltura,
Ao invés de diarreia,
Pois tinha a barriga dura,
Afinal foi diarreia.

Após o ralo sair,
Começou a sair grosso.
Encontrei caroços de uva
E até cascas de tremoço.

Chegaram as varejeiras
Com fome de cagalhão:
Só comem merdas e bosta
E caca e cagalhão

Porquê, cocó?
Inesperado barrote queimado
Porquê, cocó?
Quando apareces fico todo assado.
Porquê cocó?
Deixas-me à rasca por um momento breve
Porquê cocó?
Alívio forte; meio quilo mais leve.

Houve um dia em que ficaste
E eu fui comprar um clister
Disse ao homem do chinês:
«Xing Xong Xung, põe-me o clister!»

O clister não tirou tudo
Fui buscar uma tenaz
Comecei a esgravatar
Ficou cocó e tenaz

Tive de ir pró hospital
Pra me ver livre da carga
Pomadas e afastador
Fiquei com a peida larga

Peidos eu já não sei dar
Só consigo largar bufas
Como o esfíncter me traiu
Saem com molho essas bufas

Porquê, cocó?
Forte pretexto para a literatura
Porquê, cocó?
Água castanha ou plasticina dura
Porquê, cocó?
Dor de barriga que até mete dó
Porquê, cocó?
Por falar nisso vou fazer um cocó.

quarta-feira, julho 15, 2009

PROTESTO

Por cada minuto que passa, centenas de pessoas, habitantes das freguesias de Parchal, Ferragudo e Estômbar, sobretudo, que se deslocam de ou para os seus postos de trabalho, vêem-se forçadas a alterar os seus intinerários numa rota que vai para além dos 9 quilómetros a mais do que se efectuaria caso a ponte metálica sobre o rio Arade estivesse aberta ao trânsito. Isso não se verifica desde Agosto do ano passado (ocasião em que a dita ponte abriu durante aproximadamente um mês para excoar o trânsito fruto do fluxo de turistas nesta região). Antes e depois desse feito, como já foi dito, milhares de pessoas têm vindo a gastar (muito!) mais dinheiro em combustível do que aquele que, em muitos casos, podem.
Posto isto, e com o troço rodoviário acabado há mais de uma semana (desde então, as obras da ponte têm-se baseado em pormenores de acabamento), POR QUE RAZÃO UMA MEGA-FEIJOADA, QUE PODE SER FACILMENTE REALIZADA NOUTRO LOCAL, HÁ-DE ADIAR EM UM DIA A ABERTURA DE UMA OBRA PÚBLICA TÃO ÚTIL?
A questão é simples: o evento é patrocinado pelas autarquias de Portimão e Lagoa, mas isso não implica que a dita jantarada (que, se a uns enche a barriga, a outros vaza o bolso) não possa ser feita num terreno que não seja "neutro", como é a ponte. Ora, havendo tanto espaço (e bem mais próprio para o efeito) na baixa ribeirinha de Portimão, por exemplo, qual a necessidade de se obstruir a ponte? Se os senhores autarcas querem pagar uma feijoada ao pessoal, por que não o fazem num restaurante de grandes dimensões, ou num espaço previsto para a circulação de piões, que não obrigue os cidadãos a condicionarem, ainda que seja por mais 24 horas, as suas vidas? O festejo da abertuda da ponte não seria mais lógico e digno com a ponte a servir para aquilo a que foi construída? Que melhor inauguração pode ter uma ponte do que a circulação sobre mesma?
Para além disso, durante o tempo em que esteve fechada ao trânsito (e aberta aos peões), esteve proibida a circulação de veículos de duas rodas, a menos que fossem transportados à mão. Só hoje, no dia da inauguração, com a ponte cheia de gente, apareceram as autoridades competentes (GNR) com o fim de fiscalizar o cumprimento dessa proibição (desde então violada centenas de vezes por dia, com sentido de impunidade).
O que é que se passa com esta gente?!

Arranhí Ascostasefiqueicomgarronasunhas

sábado, julho 11, 2009

Omelete de Chocolate

Sim, a gente sabe que isto aqui anda mal parado. A verdade é que, além da falta de tempo, temos andado a tentar enxotar os alfacinhas e os bimbos e os bifes que vêm pás nossas praias e nem espaço pra estendermos uma toalha nos deixam, os cabrões... Enfim, à parte disso, este ano é ano de festivais de verão, mas não só!
Hoje trazemo-vos os dotes do exímio cozineiro espanhol Victor Perez, na rubrica semanal do programa Bom Dia Manhã, apresentado por Hortêncio Malaquias. Vejam este espectácle, senhoras aí de casa, e aprendam como se faz uma omelete de chocolate.

sábado, junho 27, 2009

MC Púçi - Rép du Dãmo Grôço

Apresentamos agora, ao fim de algum tempo de desespero, a última das 3 músicas dos nossos MC's residentes. Esta é protagonizada pelo MC Púçi, já conhecido nas redondezas do nosso gueto por muita gente, principalmente pela sua dama, que tem sido papada por tudo quanto é gajo aí nos últimos anos (e digamos sem hipocrisias que ela, apesar de ser um bocado quenga, é bem boa). Enfim, não digam nada ao rapaz senão ainda desfazemos a sua pseudo fama. Convosco o Rép du Dãmo Grôço, com respectiva letra:

Yo, a rimar nesta strit sempre está o MC Púçi
O damo que come a Cátia, a Joana e a Lucy
E a Rita, a Rute, a Jéssica, toda e qualquer dama
Come no terraço, na strit, no place e até na cama
Porque eu sou um damo que as garinas adoram
Como-as onde eu moro e onde elas moram
Comigo as damas fazem uns gemidos bem sonoros
Comigo é só sexo e nunca vai haver namoros
Porque eu não corro o risco de ser chamado de corno
E até já me convidaram pra fazer um filme porno
Mas eu não pude entrar porque tenho buéda sardas
E também não tenho jeito pra representar de fardas
Principalmente umas que me apertam na cintura
Com aquelas roupas não consigo pôr a pila dura
No entanto, as damas vêm todas atrás de mim
Levam todas na rata e já sabem que é assim
Sempre a esgalhar nas partys e nos arraiais
Só não percebo porqué que elas não voltam mais
Porque eu sou um damo todo cheio do style
Danço kuduro, kizomba, hip-hop e até música de baile.
No outro dia virou-se pra mim um puto que se chama Chico
Disse que eu cheirava buéda mal como um penico
Mas eu cá dei-lhe logo com a minha batarflai
Fiquei de castigo porque o Chico é o meu pai
Mas eu não cheiro a merda, cheiro é a carapau frite
Mas é de andar aí, a comer sempre na street
Nesse bairro undargraund das garinas mais bonitas
Eu sou o MC Púçi conhecido como o Papa Pitas
Neste guetto como as damas e faço graines com a bike
Na street com o BEATáite, o 3Môce e o Mike
Que anda na bike radical sem capacete
Eu corro aí todas as damas mas só amando um foguete
Tipo da passagem dano, porque tenho medo do barulho
Este ano vou pás obras carregar com o entulho
Porque já tenho 20 anos, e embora seja buéda smart
É difícil de gamar o Money aqui e em qualquer parte
Tou no quarto, mas vou pó quinto se não chumbar
Se chumbar não faz mal porque já estou a trabalhar
E assim já não preciso procurar mais emprego
Nas obras tou na stret com um pedreiro que é cego
E com outro que é amigo e ucraniano
Tem a família na Uncrânia, mas vai lá para o ano
Sou o maior garanhão, não sei se já referi
Como todas as garinas porque eu sou o MC Púçi
E na parede lá da skool fiz um baita graffiti
A dizer o meu nome e por baixo love Lily
E o meu tag tá em todas as janelas do autocarro
Porque eu papo as garinas e tenho alte caparro
Que consegui na street a carregar baldes de massa
Ser um gajo bom é a religião da minha raça
E também nas obras consegui estes abdominais
E com os tijolos de onze esculpi estes peitorais
Que estão aqui para agradar todas as damas
Levava todas até ao céu ou a curtir para as Bahamas
E até uma vez uma dama fez-me uma nódoa negra
Eu disse oh garina chupa aqui estes 3 quilos de febra
E ela feita esquisita quase não queria chupar
Mas depois de começar até começou a gostar
E por isso acabámos por gostar os dois
E eu gostei tanto que lhe pedi o número depois
Mas depois ela não deu, e eu fiquei todo lixado
Fiz um graffiti na strit azul e amarelo-torrado
A dizer em letras grandes eu curto bué de ti
Ela perdoou-me e deixou-me lamber-lhe o pipi
Mas passado uma semana ela desapareceu
Tou lixado porque ela nem o número ainda me deu
Não curto nada damas que fazem isso a um damo
Quando ela aparecer, deixa tar que eu logo a tramo
Vai levar logo ali com o meu cinto da Lacoste
Enquanto eu lhe pergunto sua cabra, ondé que foste?
Agora vais levar nesse cu como castigo
Porque eu sou o MC Púçi e ninguém brinca comigo.

segunda-feira, junho 01, 2009

Ah e tal...é o estádio do Parchal!

Malta, no outro dia fui ver como andavam as obras do estádio do Parchal. Assim que lá cheguei deparei-me com uma obra que sim senhor. Estou certo de que se lembram das últimas fotos que aqui postei, a dar conta do estado dos trabalhos? Não? ...Pois, isso é porque não as viram, porque andaram por aí a ver sites porno e a fazer downloads ilegais de filmes desses (brasileiros, claro! Ah, como eu vos compreendo...). Bem, seja como for, ao chegar lá abaixo dou de caras com aquilo já quase acabado! Haviam levantado uns holofotes do que se vêem desde a Fóia! O estacionamento, à beira do estádio, já estava sendo usado. As mulheres, que faziam a limpeza e davam os últimos retoques, deixaram-me entrar na pista, onde fiquei apreciando os acabamentos da mesma. Pareceu-me que as medidas estavam bem feitas, no entanto, não ponho as mãos no fogo: só mesmo depois de ir medir aquilo com régua e esquadro. O relvado, esse, ao contrário daquilo que eu pensava, não é artificial: um tapete de relvinha verde e fresca ergue-se ao centro, cheio de vigor. As balizas estavam a ser montadas no preciso momento. Já montado estava o coiso para o atletismo, que serve para executar os lançamentos do peso, do martelo e do árbitro que não roube pró lado do Portimonense. Falando em Portimonense, soube que é o meu clube do coração quem vai inaugurar o recinto desportivo: não podia ter sido entregue tal festa a clube mais digno! Por fim, consegui dissipar as dúvidas sobre qual a forma correcta de escrever Bela Vista. Até então não sabia se era junto ou separado, sabia apenas como se pronunciava e que tinha uma porrada de vivendas lá. Agora sei que essa zona rica do Parchal, além das vivendas dos magnatas do concelho, de uma vista para Portimão lindíssima e de um estádio com capacidade para 1 700 pessoas (fora as que podem ver as competições agarrados às grades que circundam o estádio) e pista de atletismo, se escreve separando o Bela do Vista. Aqui vos deixo as fotografias. Espero que elas venham atenuar a negligência que temos tido para com este espaço, juntamente com a promessa de que para este verão se agendam mais pacarrenhices e que este espaço não está (ainda!) morto. Saudações marafadas!
Arranhí Ascostasefiqueicomgarronasunhas

terça-feira, maio 26, 2009

MC BEATáite - A Arte de Fazer um Bit

... Pronto, é verdade, nós sabemos, temos estado (novamente) um pouco ausentes. Mas a culpa é do trabalho (da universidade e do cansaço laboral). Qualquer dia fazemos uma manifestação de quatro pessoas apenas, em casa, sobre os direitos legais do trabalho excessivo, que é para eles verem com quem se metem! E levamos o MC BEATáite e o seu bit só para verem que não andamos cá a brincar. Sim, este mesmo que vai passar cá em baixo. É que ele nas folgas é advogado no CAP (Consultório de Advocacia Penal).





Neste mic rima o MC BEATáite
Põe-te a pau comigo senão vai ter de haver faite

Vou falar mal, injuriar todos vocês
Que têm a mania que rimam e que falam português
Mas não têm vocabulário, nem no balneário
Peguem no dicionário que eu não sou denhum otário
Represento neste mic o Bairro Pontal
Se isto chegou ao teu ouvido podes crer que não foi por mal
A vida custa bué para manos como eu
Que já fiz os 30 anos e não acabei o liceu
E agora trabalho na Alisuper do Enxerim
E já trabalhei num talho mas aquilo não era pra mim
E isso era só o que dizia o pipol meu amigo
Quando éramos pequenos andávamos sempre em perigo
Fugíamos da bófia pelas ruas lá do gueto
E depois eles apanharam-nos, com a bófia já não me meto
E eu tou a fazer este bit com um som que saquei da net
Que é o que fazem todos os manos que não são do jet sete
Vocês aí são todos uns betinhos
Têm place pra dormirem e pra ficarem quentinhos
E não sabem o que é esta vida da street
Vão acabar por serem todos uma shit
E eu sou o maior e eu é que mando neste mundo
E quando vou à beatch consigo nadar até lá ao fundo
E eu não gosto de reciclagem
Isso é uma grande chantagem
Ter de meter o vidro no vidrão
E no azul o papel e o papelão
Isso é cena de putos betos e mimados
E tu pensas que isto é desenhos animados
Mas não, isto é um clip é um filme boy
E levar porrada às vezes dói
Principalmente se for pontapés nas canelas
Mas eu chego a casa e arranco as carapelas
Porque eu sou da street, sou um soldado
Apesar de me baterem eu nunca fico amuado
Porque aprendi a viver a vida e a lutar
E sigo em frente com este beat a rimar
Espera, ainda não usei palavras caras e finas
Vou dizer proeminente pra me fazer às garinas
Sim, porque as damas acham que eu sou cool
E se sou assim é porque nunca fui à skool
Ou vá, até fui um dia ou dois
E tudo o que aprendi já me desqueci depois
Vocês são uns aspirantes e amadores
Não gosto de vocês que têm a mania que são doutores
Será que não precebem cós vossos bits são uma shit?
Ah, merda, já disse shit neste bit, mas shit é uma palavra da strit
Mas não me vou fazer de esquesit, vou dizer shit
Todas as vezes que me apetecer
Porque eu só faço o que eu quiser
Sou o maior e sou o melhor
E de vocês vou guardar sempre rancor
Porque nenhum de vocês presta
Não percebem o hip-hop porque o hip-hop é uma festa
E as minhas rimas é que são umas dicas
E as vossas são palavras de maricas
E o Sam da Kid é um poeta genial
É o maior é o melhor, é o maior de Portugal
A minha rima é uma lição pra toda a gente
E antes de acabar tenho de dizer outra vez proeminente
E que sou de todos os melhor MC
Tás a ouvir puto, isto é pra ti
E é mesmo isso que ou vou sempre dizer,
Ah, porra, mas isso já faz um MC qualquer.

Fazer um bit, onde que tá a arte?
Fiz tudo num minuto, a contar com esta parte.
Não é preciso ser-se muito inteligente
Basta se dizer a palavra proeminente
Mesmo que ninguém saiba o que isso quer dizer
É o que faz um MC qualquer.

Proeminente, consciente, inteligente,
Indecente, justamente, impaciente,
Constantemente, altamente, pretérito presente
Altamente, delinquete, prepotente e etecetra