Não sei o que se passa com esta gente esgróviada (nós) que de repente se marimbou
Trabalho num local de diversão que mete escorregas e água com coloro ali prós lados de Alcantarilha que pertence a um grupo qualquer espanhol e o que lá se passa é, uma ou duas vezes por dia, divertido. Claro que não irei descrever quase tudo: estou na inútil esperança de que vocês, caros leitores, passem um destes dias por lá deixando quase 4 contos à entrada (cada um) para que o meu ordenado possa ser pago sem objecções. Ora bem, no contacto directo com os clientes, temos de falar a língua deles (escusado será dizer porque os cabrões dos bifes são preguiçosos e os espanhóis são burros). Mas irrita-me profundamente – embora eu não o mostre em frente à clientela – quando os filhos da mãe me vêm perguntar coisas em inglês logo em seguida traduzindo para o pai ou mãe idosos que não percebem inglês aquilo que eu lhe disse. Ai o caraças! Ora vamos lá a saber duma coisa: o seu pai é português, logo a língua que ele lhe ensinou foi o português, logo, se está em Portugal e a minha cara de marroquino (esbelta, por sinal) não é, de todo, parecida à de um britânico qualquer, por que raio me vêm vómecêa, que apesar de ser emigrada em Inglaterra ainda se lembra de Português que chegue pra falar com o seu pai, não fala Português comigo?
Arranhí Ascostasefiqueicomgarronasunhas