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terça-feira, dezembro 23, 2008

O desafí verdadêr da Tita

Bem, antes de mais, é agradecer à Tita, porque se na fosse ela, ainda hoje na havia post novo. Depois é agradecer o desafio e o facto de termos arrecebido um dicionário de Português, por parte dela. Dizer também que a oferta do dicionário de Português no é extremamente útil: depois de sabermos falar fluentemente o Algravio, o Inglês, o Holandês, o Alemão, o Brasileiro, o Francês de Alcochete, o Espanhol, o Portunhol e o Galego, fazia falta aprendermos mais uma língua estrangeira. Na verdade, temos tido no verão muitos turistas vindos de Portugal, mas falamos com eles em Algravio e eles costumam perceber, e a gente também. De qualquer das formas, o saber não ocupa lugar, a menos que o dicionário não seja de bolso.
Dizer também que o desafio consiste em passar o desafio a 9 bloguistas, blogueiros ou gás que possuam blogs que nós acompanhamos ou que nos acompanham, o que, para nós, é uma tarefa impossível: não temos mais de 5 acompanhantes, tirando a gente. Que se lixe: a gente, como bons algravios de puro sangue, desenrasca aqui uma coisa qualquer. Ora aqui vai:

Pá Tita: uma Gramática de Português de Portugal. Porquê? No seu último post violou regras gramaticais que nos parecem graves para alguém que tem como língua mãe o Português, nomeadamente o facto de não brindar nomes próprios com maiúsculas (ex.: "pacanherra"(l.1) -> Arranhí (com acento no i) Pacanherra), o facto de não acentuar uma palavra esdrúxula ("bloguistica"(l.5) -> bloguística (tal como linguística)) e, mais grave ainda, o facto escandaloso de, na mesma frase, trocar um verbo por uma preposição e pôr uma redundância ("...e que vos acompanham a vós à algum tempo..."(l.7) -> ...e que vos acompanham há algum tempo...). E também um dicionário de algravio, só mesmo porque já existe um.
Pá Joaninha: um par de peúgas (cor-de-rosa).
Pó Rafêre: um par de peúgas (já usadas).
Pó Costume Fáxavôr: um par de peúgas (da cor do costume).
Pó Parente da Refóias: um par de peúgas (compradas à do João Chula).
Pá Biépi: um par de peúgas (peúgas felizes).
Pó Sorrizes em Alta: um par de peúgas (com um smile a rir desenhado).
Pá Loja da tia dela: um par de peúgas (térmicas, pcása da circulação do sangue).
Pá Anita: um par de peúgas (com a cara do Panda).

Agora é quem quiser, fazer o mesmo. E feliz Natal.

Tomem lá aqui uns vídeos natalícios qué pa matarem sódades.



sábado, dezembro 13, 2008

Parabéns, Cabeludo!

Faz hoje 19 anos que na cidade de Lisboa veio ao mundo um gaiato que pesava 5 quilos e trezentas, sendo que 2 desses quilos eram só cabelo. O gaiato marimbou-se pra viver num local tão cheio de casas altas, cheio de pessoas que falam "normal" e tão vazio de praias e de gajas em biquíni, como tal, veio morar para uma piquena terra situada nos confins do sul do país, o Parchal. Aí fez escolas com distinção onde era conhecido não só por ensinar alguns professores Álgebra Descritiva e Linguística Medieval Portuguesa, como por ser o gá má benfiquista da rua dele. Durante toda a sua juventude, foi-se vendo livre aos poucos daquele sotaque normalzinho que aprendera em Lisboa e hoje, estudando na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, é ele quem ensina o sotaque algarvio a colegas e professores, tendo também sido ele o criador do "Mestrád em Stáq Algravi, Déh!" leccionado por ele nessa mesma faculdade.
Os nossos mais sentidos parabéns e felicidades ao nosso Cabelude!

Eis agora o seu mais recente squét, onde ele desempenha o papel de um jovem licenciado que, ao contrário de todos os outros, está empregado e bem empregado:

domingo, dezembro 07, 2008

No Parchal ergue-se um Estádio Olímpico

Malta, este é um post mais informativo do que galhofeiro. Como blog espectacular que é o nosso, há um dever de serviço público que os Arranhí Pacanherra, às vezes, se dignam a cumprir. Este é um desses casos: a importância desta infra-estrutura assim o justifica. E para além disso não há mais nada na internet a falar sobre esta magnífica capela do futebol (falta ainda um pouco de tamanho para ser uma catedral).

Para os turistas que não sabem onde fica o quê, ponho aqui um mapa. Do lado esquerdo temos Portimão. Cercado por uma bolinha branca temos o histórico estádio do Portimonense, agora Municipal de Portimão, que, com 78 aos de vida, espera a construção do Complexo Desportivo de Portimão, na estrada de como quem vai para Alvor, para ver a sua demolição. No local será (diz-se) erguido o pulmão verde da cidade. No meio, temos o belo Rio Arade, que desagua docemente no Oceano Atlântico. E no lado direito temos a futura capital do Algarve, o Parchal, essa expansiva metrópole em miniatura já muito mais evoluída do que aquilo que a foto por satélite mostra, que, de resto, já deve ter alguns 3 anos. Ferragudo é uma vila que tem como principal característica uma bela vista para a marina de Portimão e uma estação ferroviária situada no Parchal: insólito. Mas foquemo-nos, para já, na bolinha vermelha, que indica o local geográfico onde será erguido o Complexo Desportivo da Belavista (a Belavista é a zona dos ricos e das vivendas do Parchal. Tá pó Parchal como Cascais tá pa Lisboa e como a Foz tá pó Porto). No mapa é possível ver ainda, a sudoeste, uma parte da gigante Praia da Rocha, local onde o Zezé Camarinha se fez um homem e onde a gente se faz às mulheres.
Quando se sobe o monte do Parchal, onde a Escola E.B. 2/3 Rio Arade se situa, e andando um pouco mais para a frente como quem vai pá Belavista, é possível ter-se uma vista panorâmica do estádio.
Já lá ao pé do estádio, podemos ver as escadarias de acesso às bancadas, a bancada que será coberta, a zona destinada à imprensa, os balneários, os tapumes e os contentores onde os trabalhadores (africanos, vi eu!) dormem.

Do outro lado, consegue-se ver mais melhor a bancada que não será coberta (aquela que é destinada aos cidadãos não-ricos).Rodando mais um bocadinho, podemos observar mais melhor a tal bancada de que vos falava. Em tempo de chuva, é importante colocar as cadeiras nesta bancada o quanto antes, para que se deteriorem. Como são destinadas aos cidadãos não-ricos, pouco importa se as cadeiras estão em condições ou não. E olhando para o estado do terreno de jogo e para a pista de atletismo (ainda inexistentes) é impreterível dizer que este é o momento certo para colocar as cadeiras.

Mais pormenores do actual estado do terreno de jogo, que irá receber um relvado sintético e uma pista de atletismo. Vê-se em baixo uma das estruturas em betão que receberá o poste de iluminação e vê-se também uma série de manilhas de esgoto e terra amontoada, que servirão para... pôr num lado qualquer.
E pronto. Do Complexo Desportivo da Belavista era tudo. O vento estava de Portimão para o Parchal e como tal era possível ouvir o gajo do microfone no Estádio Municipal de Portimão anunciar os titulares do jogo que começava às 4 da tarde. O Portimonense jogava em casa com o Feirense e eu ali, a tirar fotos. Fui-me logo embora pra casa ouvir o relato.

Pelo caminho ouvi barulhos vindos de dentro do Pavilhão Desportivo Prof. Manuel Ferraz (que é o director falecido do tempo em que eu andava na escola Rio Arade). Não ficava por ali a minha tarde desportiva. Vi um carro da GNR à porta, o que me levou a pensar que era de importância particular o que se passava lá dentro.Vi-me forçado a entrar, até porque me deu um arrepio na espinha semelhante aos que me dão cada vez que o Portimonense sofre um golo (o que, mais tarde, se veio a confirmar). Lá dentro jogava-se o basquete. À entrada, um senhor guarda conversava amenamente com uma senhora guarda (jeitosa, por sinal), mas nas bancadas do pavilhão não havia ninguém. Sei que os azuis são de Albufeira. De resto, os meus conhecimentos sobre basquete regional são semelhantes aos que tenho sobre a qualidade do ar nas sub-regiões interiores da Indonésia.
Cesto! Fiquei ali a ver a qualidade do desporto, mas como as minhas hipóteses de pedir em namoro a senhora guarda eram extremamente reduzidas, fui-me embora pouco depois.

Quando cheguei a casa descobri que o Portimonense perdia em casa por 0-1. O meu arrepio na espinha nunca falha! Enquanto construía este post, ouvia o relato e acabei ainda por sentir mais dois arrepios na espinha. Perdemos 1-3 com um golo de honra ao cair do pano. Não vi o jogo, mas fomos roubados de certeza! Árbitros da merda...

Assim se passou a minha tarde desportiva, frustrada no desporto e no amor. Quem disse que quem tem sorte ao jogo tem azar ao amor, e vice-versa? Hoje tive azar nos dois e ainda ninguém inventou um provérbio pra mim. Valha-me o facto de ter feito serviço público.

Arranhí Ascostasefiqueicomgarronasunhas