Hoje, enquanto almoçava com a minha mãe, fui “obrigado” a levar com um barulho irritante: um concerto do Tony Carreira que a TVI, em mais uma das suas pancadas de trazer coisas estúpidas para a televisão, transmitiu. Felizmente, estava de costas para a televisão, mas mesmo assim, tive de ouvir alguns 12 minutos de pura galhofa e enjoo (sim: já não sabia se me havia de rir, ou se vomitava os carapaus alimados). No meio do almoço, a minha mãe, enquanto regozijava alegremente com os talheres aquelas músicas, disse uma coisa… uma coisa… sei lá, disse isto: “Este homem tem tudo para ser feliz.”. Eu, após ter soltado uma subtil gargalhada, pensei: não. Este senhor não tem nada tudo para ser feliz, a não ser que a minha ideia de felicidade ande muito longe da dele (o que é bem provável), senão vejamos: ter um clube de fãs cujas idades médias andam entre os 30 e os 60 anos, não me parece muito motivador; correr o mundo a cantar músicas daquelas, envergando nos espectáculos camisas de lantejoulas de cores amaricadas, também não me parece cativante; ter um filho assim (já não chegava o pai a cantar, tinha de vir o filho igualzinho e com os mesmos tic’s!). Conclui que a única coisa dele capaz de trazer a felicidade a um Homem são os cachets que amealha em cada espectáculo. Mas ainda assim, acho que não trocava o meu porte franzino, mas masculino, pelos cachets do (reparem na masculinidade do nome) Tony Carreira. Isto há coisas…!
Arranhí Ascostasefiqueicomgarronasunhas
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