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segunda-feira, julho 23, 2007

Imaginação Fértil

Estava ali a pensar e, enquanto mudava de página da Dica da Semana sentado tranquilamente na sanita e a contar (impressionantemente ao mesmo tempo) quantas florzinhas verdes há em cada azulejo da minha casa de banho, isto pelo cantinho do olho direito, de súbito, e uma vez que toda a gente de repente parece que se aborreceu de vir visitar e comentar o Arranhí Pacanherra, tive uma visão cujo único adjectivo que encontro para descrevê-la é “buéda fixe” (mas daqueles buéda fixes que a gente faz quando estamos à mesa com um daqueles amigos nossos que manda uma daquelas piadas que a gente só diz mesmo o buéda fixe por pena dele).
Imaginei que, depois de ter tirado a carta e de possuir um carro (visão que, por ser um jovem que não quer poluir o planeta e que não tem dinheiro para tal, se encontra ainda longe), daqueles utilitários em terceira mão que passaram os últimos 5 anos numa garagem a receber pó, assim tipo um, mas dos mais antigos, o mais carrascão e rasca que possam imaginar, para me acompanharem. Continuando, imaginei que, num dia soalheiro em que me preparava para ir, incompreensivelmente, trabalhar, alguém me tinha levado o carro e me tinha devolvido dias mais tarde assim, como é que eu hei-de dizer, “quitado”. Mesmo ao estilo americano. Vinha com uma pintura toda na moda, cheia de desenhos vermelhos, os bancos em pele, ou a imitar, não sei bem distinguir, cheio de televisões piquenas, colunas daquelas que fazem um banzé que não se aguenta, enfim, todas as coisas que uma pessoa precisa de ter num carro para poder fazer inveja aos dreads da aldeia. Pego-me em mim, todo feliz da vida, e vou-me, como sempre que posso, buscar água a Monchique. É nessa altura que acabo de virar a página do jornal, de contar as florzinhas verdes dos azulejos, e de me aperceber que aquilo que eu estava a pensar era “buéda fixe”. Enquanto lavava as mãos depois de terminado o serviço, com sabão macaco, pergunto-me p’ra que raio servem esses carros todos “buéda fixes” se nem sequer possuem uma espaçosa mala para guardarmos os garrafões cheios de água de Monchique? É que nem sequer dá p’ra uma pessoa subir um lancil por causa dos pára-choques rebaixados! E, segundo o que me contaram, a merda da televisão só apanha canais estrangeiros! E a pintura não consegue ficar mais do que 3 horas ao relento sem ser violentamente riscada pelos invejosos locais! E as jantes, apesar de serem mais espelhadas e bonitas, não fazem com que os cães não mijem nelas! Quero de volta o meu VolksWagen Pólo, todo cagado do pó, como qualquer português que se preze, mesmo que só o tenha tido uma vez e em imaginação!
Desculpem lá o testamento. Cumprimentos, malta.
Arranhí Ascostasefiqueicomgarronasunhas

2 comentários:

Anita disse...

É fácil...

Atraves do meu blog cliquem naquele quadradinho preto na barra do lado direito em baixo (por baixo da discografia e do sitemeter) e criem um para o vosso blog... aquilo da-vos o codigo html e basta inseri-lo onde quiserem! ;)

Aquela que escreveu disse...

eu ás vezes quando tou na casa de banho também penso emarros tuning...
o fixe nesses carros é que por mais artilhadio que teja em termos de som, a musica que os gajos lá metem é sempre uma porcaria...
portanto acho que o tuning teve origem num gajo mesmo com muito mau gosto, mas cheio de dinheiro, e depois apareceram mais gajos cheios de dinheiro com mau gosto que imitaram o outro... e puf...nasceu o shuning....