Longe vão os tempos em que as histórias infantis se baseavam em Capuchinhos Vermelhos e Cinderelas. Há pouco tempo, enquanto vasculhava umas tralhas antigas, dei por mim a folhear um livro (surpreendentemente de cariz infantil) no mínimo peculiar. O nome – Dilói, o limpa-chaminés – já diz muito, mas não diz tudo: ao abri-lo em três páginas ao acaso deparei-me com ilustrações um pouco agressivas aos olhos de crianças dos quatro aos dez anos. Após ter olhado com atenção, apenas uma interpretação me veio à cabeça: Dilói, o limpa-chaminés, é homossexual, pedófilo, ninfomaníaco, maníaco e agride crianças. Por palavras mais brejeiras, ele é o Bibi dos contos infantis (não querendo ofender o Sr. Dilói, claro)!
Senão vejamos: na primeira imagem que encontro vejo um senhor com os seus 50 anos, trajado de azul (de notar os remendos estrategicamente colocados nos joelhos e nos cotovelos), e com umas bonitas meias brancas às ricas vermelhas, envoltas por uns belos tamancos de madeira judaica de tom pinho-mel.
Primeira conclusão: é homossexual: quero acreditar que nenhum heterossexual vestiria aquilo em nenhuma ocasião (clara excepção para o Carnaval, em que vale tudo, menos vestir de gaja).
Continuando a analisar a imagem, deparo-me com esse mesmo senhor a agarrar vigorosamente numa criança. Devido à minha vasta experiência a ler lábios, vejo que, debaixo daquele bigode branco, saíam palavras do tipo: “Anda, menina! Vem aqui ao Ti Dilói, vem! Vames ali pa trás daquele sobrêro brincar ós papás e às mamãs! Vames, porra!”
Segunda conclusão: é pedófilo: não me parece que o interesse dele seria mesmo brincar aos papás e ás mamãs.
Passamos em seguida para a análise da segunda imagem. (Aviso que esta imagem pode ferir a susceptibilidade de algumas pessoas.) Aqui vê-se claramente que Dilói é um pulha da pior espécie, tendo pegado num ramo e dado umas valentes vergastadas na menina.
Terceira conclusão: é agressor de crianças: uma vergastada daquelas, dada com jeitinho, é capaz de doer.
Quarta conclusão: é Primavera: à direita da imagem notam-se umas belas papoilas que só costumam aparecer nessa época do ano.
Quinta conclusão: está vento: uma rabujada de vento deve ter levado a boina do senhor, que paira no ar.
Terceira imagem. Se achavam que as duas anteriores já eram demasiado chocantes para figurarem num livro infantil, preparem-se para opinar sobre esta. O Sr. Dilói está a praticar o acto sexual com um urso pardo em plena floresta e luz do dia. O urso parece alheio, mas é notável que está a fazer uma festinha no ombro do Dilói. Vê-se sangue, é certo, mas um bicho com as garras daquele tamanho não tem como não deixar marcas no frágil corpo do Sr. Dilói. Está demonstrando o carinho à maneira dele.
Sexta conclusão: é maníaco: por amor de Deus! Praticar o amor com um urso pardo não é, de todo, normal.
Sétima conclusão: é ninfomaníaco: para além da pouca-vergonhice com o urso, está a utilizar para o acto um pau na mão esquerda (em substituição do mítico chicote) e uma corda na mão direita (em substituição das lendárias algemas). Tendo em conta que é uma história passada em pleno século XIX, utilizar um pau e uma corda em pleno acto sexual era do mais puro avacalhanço e arrojo.
Depois de uma visita quase traumatizante pelas histórias infantis que se liam em plenos anos 90, resta-nos imaginar o que os nossos filhos e netos irão ler quando cá chegarem. Um conselho amigo: ainda não joguem fora as vossas histórias do Capuchinho Vermelho e da Cinderela, pois poderão vir a ser muito úteis.
Senão vejamos: na primeira imagem que encontro vejo um senhor com os seus 50 anos, trajado de azul (de notar os remendos estrategicamente colocados nos joelhos e nos cotovelos), e com umas bonitas meias brancas às ricas vermelhas, envoltas por uns belos tamancos de madeira judaica de tom pinho-mel.
Primeira conclusão: é homossexual: quero acreditar que nenhum heterossexual vestiria aquilo em nenhuma ocasião (clara excepção para o Carnaval, em que vale tudo, menos vestir de gaja).
Continuando a analisar a imagem, deparo-me com esse mesmo senhor a agarrar vigorosamente numa criança. Devido à minha vasta experiência a ler lábios, vejo que, debaixo daquele bigode branco, saíam palavras do tipo: “Anda, menina! Vem aqui ao Ti Dilói, vem! Vames ali pa trás daquele sobrêro brincar ós papás e às mamãs! Vames, porra!”
Segunda conclusão: é pedófilo: não me parece que o interesse dele seria mesmo brincar aos papás e ás mamãs.
Passamos em seguida para a análise da segunda imagem. (Aviso que esta imagem pode ferir a susceptibilidade de algumas pessoas.) Aqui vê-se claramente que Dilói é um pulha da pior espécie, tendo pegado num ramo e dado umas valentes vergastadas na menina.
Terceira conclusão: é agressor de crianças: uma vergastada daquelas, dada com jeitinho, é capaz de doer.
Quarta conclusão: é Primavera: à direita da imagem notam-se umas belas papoilas que só costumam aparecer nessa época do ano.
Quinta conclusão: está vento: uma rabujada de vento deve ter levado a boina do senhor, que paira no ar.
Terceira imagem. Se achavam que as duas anteriores já eram demasiado chocantes para figurarem num livro infantil, preparem-se para opinar sobre esta. O Sr. Dilói está a praticar o acto sexual com um urso pardo em plena floresta e luz do dia. O urso parece alheio, mas é notável que está a fazer uma festinha no ombro do Dilói. Vê-se sangue, é certo, mas um bicho com as garras daquele tamanho não tem como não deixar marcas no frágil corpo do Sr. Dilói. Está demonstrando o carinho à maneira dele.
Sexta conclusão: é maníaco: por amor de Deus! Praticar o amor com um urso pardo não é, de todo, normal.
Sétima conclusão: é ninfomaníaco: para além da pouca-vergonhice com o urso, está a utilizar para o acto um pau na mão esquerda (em substituição do mítico chicote) e uma corda na mão direita (em substituição das lendárias algemas). Tendo em conta que é uma história passada em pleno século XIX, utilizar um pau e uma corda em pleno acto sexual era do mais puro avacalhanço e arrojo.
Depois de uma visita quase traumatizante pelas histórias infantis que se liam em plenos anos 90, resta-nos imaginar o que os nossos filhos e netos irão ler quando cá chegarem. Um conselho amigo: ainda não joguem fora as vossas histórias do Capuchinho Vermelho e da Cinderela, pois poderão vir a ser muito úteis.
Arranhí Ascostasefiqueicomgarronasunhas
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