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sábado, agosto 05, 2006

Testemunho de Aníbal Militão

Para comemorar efusivamente as 124 horas de existência do (ainda) único meio de comunicação da (auto-intitulada) nova coqueluche dos apreciadores de humor (pelo menos a gente os 4) em Portugal, o grupo distintamente designado por Arranhí Pacanherra, ocorrerá uma ocasião única e extraordinária que é o postanço do testemunho de um indivíduo á antiga portuguesa. Ah granda Aníbal (Psssst! Olha, trata-se de um heterónimo).

“Quando eu era pequenino a vida era mais saudável. As crianças tinham uma infância. Podiam andar à pedrada e abrir a cabeça várias vezes. Nos tempos que correm, é impossível um petiz de 3 anos pegar num revólver d 5mm e ir à caça dos pardais. Já não se ensina nada de bom às crianças. Só lhes ensinam a olhar para os dois lados antes de atravessar a estrada e sempre na passadeira. No meu tempo é que era bom, que se atravessava a N125 aos pulos e os carros se quisessem que se desviassem. Bom, no outro dia, fui ao dentista, porque acho que dei cabo duns molares, tenho tido aqui umas dores horríveis, desde que andei à porrada com um cigano no outro dia. Tive que lhe dar umas dentadas no crânio (vejam lá, um gajo cheio de pressa, tava quase a começar o granda Benfica, e o c*brão não me deixou passar à frente dele na bicha do talho. Mesmo cigano). Ora, na sala de espera estava lá um puto, que, além de parecer um cão a ganir quando falava, tinha uma revista dos Morangos com Açúcar. Não me consegui conter. Obviamente, tive que lhe aplicar uns pontapés nas costelas enquanto proferia em voz alta vários Mandamentos da Lei do Macho: «Homem que é homem, não come mel! Mastiga a abelha! Ouvistes Maricas?». Agora, dão-se mimos demais aos putos. "Ai coitadinho" para aqui, "Ai coitadinho" para ali. Os putos ficam uns atados. Quando eu andava na pré-primária, lá no Brasil, tinha um colega que roubava as rodas dos carros em andamento. Ah, que belos tempos. Se fosse eu que mandasse aqui, qualquer recém-nascido era enviado para a academia militar aprender a manejar armas de destruição maciça. É por isso que este país não vai a lado nenhum. Porra.”

Mais tarde, quando foi pedida a sua opinião acerca dos Arranhí Pacanherra, Aníbal disse: "Arranhí Pacaterra? Qué isso?".

Obrigado. Um ganda beijinho e feliz Dia da Independência do Burkina Faso.
Arranhí Océrebroquandotavátirarummacaco

1 comentário:

Anónimo disse...

intiresno muito, obrigado