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domingo, dezembro 07, 2008

No Parchal ergue-se um Estádio Olímpico

Malta, este é um post mais informativo do que galhofeiro. Como blog espectacular que é o nosso, há um dever de serviço público que os Arranhí Pacanherra, às vezes, se dignam a cumprir. Este é um desses casos: a importância desta infra-estrutura assim o justifica. E para além disso não há mais nada na internet a falar sobre esta magnífica capela do futebol (falta ainda um pouco de tamanho para ser uma catedral).

Para os turistas que não sabem onde fica o quê, ponho aqui um mapa. Do lado esquerdo temos Portimão. Cercado por uma bolinha branca temos o histórico estádio do Portimonense, agora Municipal de Portimão, que, com 78 aos de vida, espera a construção do Complexo Desportivo de Portimão, na estrada de como quem vai para Alvor, para ver a sua demolição. No local será (diz-se) erguido o pulmão verde da cidade. No meio, temos o belo Rio Arade, que desagua docemente no Oceano Atlântico. E no lado direito temos a futura capital do Algarve, o Parchal, essa expansiva metrópole em miniatura já muito mais evoluída do que aquilo que a foto por satélite mostra, que, de resto, já deve ter alguns 3 anos. Ferragudo é uma vila que tem como principal característica uma bela vista para a marina de Portimão e uma estação ferroviária situada no Parchal: insólito. Mas foquemo-nos, para já, na bolinha vermelha, que indica o local geográfico onde será erguido o Complexo Desportivo da Belavista (a Belavista é a zona dos ricos e das vivendas do Parchal. Tá pó Parchal como Cascais tá pa Lisboa e como a Foz tá pó Porto). No mapa é possível ver ainda, a sudoeste, uma parte da gigante Praia da Rocha, local onde o Zezé Camarinha se fez um homem e onde a gente se faz às mulheres.
Quando se sobe o monte do Parchal, onde a Escola E.B. 2/3 Rio Arade se situa, e andando um pouco mais para a frente como quem vai pá Belavista, é possível ter-se uma vista panorâmica do estádio.
Já lá ao pé do estádio, podemos ver as escadarias de acesso às bancadas, a bancada que será coberta, a zona destinada à imprensa, os balneários, os tapumes e os contentores onde os trabalhadores (africanos, vi eu!) dormem.

Do outro lado, consegue-se ver mais melhor a bancada que não será coberta (aquela que é destinada aos cidadãos não-ricos).Rodando mais um bocadinho, podemos observar mais melhor a tal bancada de que vos falava. Em tempo de chuva, é importante colocar as cadeiras nesta bancada o quanto antes, para que se deteriorem. Como são destinadas aos cidadãos não-ricos, pouco importa se as cadeiras estão em condições ou não. E olhando para o estado do terreno de jogo e para a pista de atletismo (ainda inexistentes) é impreterível dizer que este é o momento certo para colocar as cadeiras.

Mais pormenores do actual estado do terreno de jogo, que irá receber um relvado sintético e uma pista de atletismo. Vê-se em baixo uma das estruturas em betão que receberá o poste de iluminação e vê-se também uma série de manilhas de esgoto e terra amontoada, que servirão para... pôr num lado qualquer.
E pronto. Do Complexo Desportivo da Belavista era tudo. O vento estava de Portimão para o Parchal e como tal era possível ouvir o gajo do microfone no Estádio Municipal de Portimão anunciar os titulares do jogo que começava às 4 da tarde. O Portimonense jogava em casa com o Feirense e eu ali, a tirar fotos. Fui-me logo embora pra casa ouvir o relato.

Pelo caminho ouvi barulhos vindos de dentro do Pavilhão Desportivo Prof. Manuel Ferraz (que é o director falecido do tempo em que eu andava na escola Rio Arade). Não ficava por ali a minha tarde desportiva. Vi um carro da GNR à porta, o que me levou a pensar que era de importância particular o que se passava lá dentro.Vi-me forçado a entrar, até porque me deu um arrepio na espinha semelhante aos que me dão cada vez que o Portimonense sofre um golo (o que, mais tarde, se veio a confirmar). Lá dentro jogava-se o basquete. À entrada, um senhor guarda conversava amenamente com uma senhora guarda (jeitosa, por sinal), mas nas bancadas do pavilhão não havia ninguém. Sei que os azuis são de Albufeira. De resto, os meus conhecimentos sobre basquete regional são semelhantes aos que tenho sobre a qualidade do ar nas sub-regiões interiores da Indonésia.
Cesto! Fiquei ali a ver a qualidade do desporto, mas como as minhas hipóteses de pedir em namoro a senhora guarda eram extremamente reduzidas, fui-me embora pouco depois.

Quando cheguei a casa descobri que o Portimonense perdia em casa por 0-1. O meu arrepio na espinha nunca falha! Enquanto construía este post, ouvia o relato e acabei ainda por sentir mais dois arrepios na espinha. Perdemos 1-3 com um golo de honra ao cair do pano. Não vi o jogo, mas fomos roubados de certeza! Árbitros da merda...

Assim se passou a minha tarde desportiva, frustrada no desporto e no amor. Quem disse que quem tem sorte ao jogo tem azar ao amor, e vice-versa? Hoje tive azar nos dois e ainda ninguém inventou um provérbio pra mim. Valha-me o facto de ter feito serviço público.

Arranhí Ascostasefiqueicomgarronasunhas

1 comentário:

Anónimo disse...

Olá Moces!
Queria so dizer que já me fartei de rir com este post, gosto muito do vosso blog, e identifico-me com ele pois tenho casa em portimao, e toda a minha familia mora aí.
O vosso sentido de humor é caracteristico das gentes dessa bela localidade :)
Beijinhos e parabens